Pintura Mediúnica

“Os pintores desencarnados traduzem, em cada pincelada, a alegria de seus corações e é com este nobre sentimento que eles desejam pintar você”


A pintura mediúnica ou pintura dos Espíritos não é algo novo no cenário espírita e espiritualista. O Mestre Lionês, Allan Kardec, em “ O Livro dos Médiuns” define os portadores desta faculdade como sendo aqueles que desenham e ou pintam sob influência dos Espíritos, ressalvando que só pode ser chamado de médium pintor os que obtêm produções sérias.

A própria faculdade mediúnica foi evoluindo de acordo com o desenvolvimento das capacidades psíquicas, afetivas, sociais e históricas do homem, o que faz crer que muitos dos artistas que hoje conhecemos através dos livros, muito possivelmente foram grandes receptores do pensamento dos imortais. Contudo, é no século XIX, momento extremamente propício ao avanço da ciência, à quebra de paradigmas, que vemos surgir de forma espantosa, os mais variados fenômenos espíritas através de médiuns das mais diversas nacionalidades.

Assim, é que no campo das artes, precisamente na pintura e no desenho, encontramos os trabalhos de Victorien Sardou, Augustin Lesage, Elisabeth D’Esperance… esta última, notável médium de efeitos físicos, cujas faculdades serviram ao estudo do eminente cientista de tradições russas Alexandre Aksakof, permitiu aos Espíritos produzirem quadros em completa obscuridade, valendo salientar que na maioria das vezes os quadros eram retratos de pessoas falecidas e que eram afins aos presentes às sessões. No Brasil, notáveis foram os médiuns que se destacaram e ainda se destacam nesse campo. Desde a década de 40 com as produções fenomênicas de Carmine Mirabelli, alcançando a responsabilidade e dedicação de Dinorah de Simas Enéas até o surgimento de Luís Antônio Gasparetto que se tornou um marco neste trabalho.

Hoje, contamos com experiências interessantes nesse aspecto. Muitos são os médiuns que, vencendo as dificuldades de ordens íntima e externa estão levando não só aos rincões brasileiros mas ao mundo, as mensagens da imortalidade da alma e da comunicabilidade dos Espíritos através do fenômeno da Pintura Mediúnica.

Os espíritos já pintaram através de Florencio mais de 20.000 telas, e foram catalogados mais de 100 pintores de diversas épocas. No final das sessões, os quadros são leiloados em benefício do Grupo Espírita Scheilla e das atividades desenvolvidas pela Comunidade Maria de Nazaré.